Um minimalismo que admiro

28.1.14
Há já algum tempo que sigo este blog. Começou tudo por a minha mãe ter visto uma entrevista num canal francês e me ter falado nesta família que ( admiravelmente ) não produz mais do que um frasco de lixo por ano... É isso, um frasco.
O que admiro neste projecto é a capacidade de rejeitar quase todas as embalagens que nos enchem os postos de reciclagem diariamente. Porque na verdade, reciclar não resolve o problema, o problema é mesmo haver uma quantidade tão disparatada de embalagens de plástico, de cartão ou de ambos que nem é possível reciclar por completo.
Então esta família franco-americana decidiu um dia começar a comprar avulso, ou por grosso, e levar consigo sacos de pano ou caixas reutilizáveis para o transporte dos bens necessários. Sim, este não é um projecto de uma pessoa soliitária, é um projecto de uma família, com dois rapazes, que mudou toda a sua vida em nome de uma ideia.
Há aqui vários conceitos interessantes, por exemplo, durante os dois anos que levaram a esvaziar e simplificar a sua casa, não deitaram tudo fora e deixaram para os homens do lixo resolverem. Não, estas pessoas vendem, trocam ou dão o que não querem. 
Acerca da roupa por exemplo, todas as estações levam o que não querem a lojas de roupa em segunda mão e trocam por "novas" peças de roupa.
Para mim seria difícil livrar-me assim dos meus bens e memórias mas, entendo o conceito de simplificar a rotina doméstica. O que acho mesmo interessante é fazer sacos de pano e levar para comprar arroz, lentilhas, grão, feijão... Nos mercados ainda há avulso, e aí está um pequeno passo para desperdiçar menos. Sacos para carne e peixe, fruta, legumes... Entre isto e a compostagem dá-se um passo grande para parar o consumo desenfreado de papel e plástico e para reduzir consideravelmente a produção de resíduos sólidos, não é? Na verdade é andar para a frente com um passinho atrás.

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