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16.11.14


Não sei bem que título dar a este post..
Tenho estado a organizar as minhas costuras. Trouxemos a Floripes da cave ( talvez lhe chamemos Frances, ou Françoise, Francesca... por qualquer motivo a minha manequim de costura tem um nome começado por "f").
Para me inspirar vesti-a. A blusa da Tilly, a saia é a Kelly. Ambas foram um prazer enorme, uma grande aprendizagem. No final, a blusa é colorida demais para mim ( apesar de a adorar, e aos botões lindos pelas costas abaixo) e não consegui fazer as casas dos botões na saia. O tecido é muito grosso para a minha máquina, ... não... não tenho paciência para fazer casas à mão... talvez num serão de inverno me dê para ai, quem sabe...

Entre as arrumações e escolhas de tecidos para as várias ideias que me ocupam a mente, vou vendo os meus sabões, mais 10 dias e posso experimentar um, tomar banho com um sabão feito por mim.
Podia desenvolver mais este assunto mas, há tantos blogs sobre como fazer sabão. Para estes usei azeite, manteiga de karité e óleo de côco. O cor de rosa é um pigmento mineral, e por cima sal marinho, aqui do Algarve. A minha ideia é que sejam muito hidratantes, sedosos, macios... Sim o sal será exfoliante mas, é só um pouco, à superficie.

Se conseguisse focar-me apenas num assunto, apenas num interesse, numa arte, e dedicar-me exclusivamente, seria tudo mais fácil, tenho a certeza. Ter interesses demais acaba por levar-nos por várias estradas, sem chegar ao destino de nenhuma. E agora é tempo de escolher um caminho, a vêr se acerto!

Faz lembrar uma teoria que li há tempos no Guardian, The Helsinki Bus Station Theory ( não sei porque pus maiúsculas...), enfim lá vou no meu autocarro, desta vez na esperança de chegar a um destino diferente.











































































































Don't really know what tittle to give this post.. I've been organizing all my sewing stuff, brought Floripes up from the basement ( we might call her Frances, Françoise, Francesca... don't really know why my dressmaker's dummy must have a name that begins with an "f"..).
To get inspired I have dressed up Floripes, Tilly's blouse, Kelly skirt, both were such pleasures to sew, and learned so much. But, finally, the blouse is much to colorful for me and the skirt, well... I couldn't get the button holes donne, my machine just won't accept this fabric, and honestly.. no pacience to do it by hand...

While I get organized, I check my new homemade soaps ( am I proud... :)), made with olive oil, shea butter, coconut oil, and some sea salt. Ten more days and I will be able to take a bath with soap handmade by myself!

Yes, if only I could focus on one subject at a time, instead of millions.. Too many interests take me down too many roads and no destiny, it is maybe time to choose one road only. Hope I'll make the right choice.
This reminds me of something I have read on The Guardian and caught my attention, The Helsinki Bus Theory, ... so I will keep in my bus hoping for a different destination....

Verão

10.8.14
Há muito tempo que não estávamos assim em casa, com todo o tempo dos dias de verão.
Um conjunto de acontecimentos diferentes levou a que passássemos estes últimos meses de uma forma bem mais caseira do que é habitual. Estar em casa a tempo inteiro dá-nos tempo para ir arranjando o nosso jardim, que esperou tanto por nós. Para fazer pão e experimentar várias misturas de farinhas de cada vez que o fazemos, a eleita até agora é a de espelta e centeio com cebola refogada! Em vez comprar bolachas, passámos a fazê-las. Adoptámos um cachorro e pouco depois um gato! ( na primavera perdemos a nossa grande companheira canina de 14 anos e roubaram-nos o gato, sim... há pessoas que roubam gatos... ). Começámos a fazer detergentes caseiros, com uma vitória especial quando conseguimos fazer pastilhas para a máquina da loiça. Fizemos vários bolos, até uma pavlova! Encontrámos dinossauros no frigorifico, pintámos, corremos... Tem sido um tempo cheio e valioso com família e jantares de amigos ao ar livre, um tempo de verão!




Rabanetes!

9.4.14
Nós gostamos deles com manteiga, não interessa se é saudável ou não. É delicioso!
Estes são de hoje, todos os dias há :)



Primavera

5.4.14
Tem sido chuvosa mas, na loja foi recebida com cores frescas e bom humor.




A vida é boa

6.3.14
Está sol, as nêsperas estão a amarelar, a Inês gosta de pintar na varanda da cozinha, o Vicente dorme sestas maiores, a horta cresce e as ideias também. A vida é boa.

O armário

3.3.14





































O armário estava num armazém de venda de artigos usados, meio chegado para um canto mas, apanhou-me o canto do olho e regateei até o trazer comigo.
A nossa casa é do tempo das "mobílias completas", e não tem roupeiros. Para o quarto da Inês procurámos um armário que não fosse nem enorme nem de estilo muito "pesadão" e este correspondia ao que queriamos. Na nossa cave transformada em oficina foi todo tratado, para ter a certeza de não haver caruncho, depois foi lixado ( antes era envernizado, castanho escuro ), reparadas todas as fendas e falhas, pintado com primário, tinta, e verniz baço. Os puxadores são da Lisbeth Dahl e vendemos na loja. O interior é de um branco doce, o chamado eggshell nos sítios onde os ovos são brancos. Ficou lindo.

Fazer

1.3.14









É muito bom. Fazer é bom mas, fazer roupa, coisas que de facto podemos tirar do armário e usar, é mesmo muito bom. Demora umas horinhas e é apaixonante.
Usei um molde da Tilly que é uma blogger que acompanho há uns anos com admiração. O molde é bastante simples, descarreguei-o online e montei-o sem dificuldade. E as instruções estão disponíveis no site, muito completas.
Esta não foi a minha primeira aventura neste mundo, a primeira peça de verdade que fiz foi uma saia de fazenda com um molde Megan Nielsen, também fácil de usar mas, tive um problema inesperado... não consigo fazer as casas dos botões. A minha máquina não deixa correr o tecido de fazenda e fazer as casas à mão, bem... digamos que a paciência e o tempo ainda não permitiram :).
Há mais anos quando tive a minha primeira máquina de costura também fiz umas saias, uma delas a minha filha usa agora, mas era um trabalho completamente inventado, de descoberta, nem sequer havia internet para ir ver como se fazia um coz, como se punha um fecho, de modo que agora quando olho para essas obras de arte, sinto um certo orgulho. Posso dizer sim, eu aprendi sozinha a coser, porque me fascinava.

Fazer por acaso

18.2.14
Apaixonada pela nova experiência de fazer roupa ( a partilhar aqui, um dia, com paciência ) aconteceu irem as aparas de tecido experimentar ser cabelo desta menina que esperava sentada que houvesse inspiração para lhe dar expressão. E não ficou tão bem?


Um minimalismo que admiro

28.1.14
Há já algum tempo que sigo este blog. Começou tudo por a minha mãe ter visto uma entrevista num canal francês e me ter falado nesta família que ( admiravelmente ) não produz mais do que um frasco de lixo por ano... É isso, um frasco.
O que admiro neste projecto é a capacidade de rejeitar quase todas as embalagens que nos enchem os postos de reciclagem diariamente. Porque na verdade, reciclar não resolve o problema, o problema é mesmo haver uma quantidade tão disparatada de embalagens de plástico, de cartão ou de ambos que nem é possível reciclar por completo.
Então esta família franco-americana decidiu um dia começar a comprar avulso, ou por grosso, e levar consigo sacos de pano ou caixas reutilizáveis para o transporte dos bens necessários. Sim, este não é um projecto de uma pessoa soliitária, é um projecto de uma família, com dois rapazes, que mudou toda a sua vida em nome de uma ideia.
Há aqui vários conceitos interessantes, por exemplo, durante os dois anos que levaram a esvaziar e simplificar a sua casa, não deitaram tudo fora e deixaram para os homens do lixo resolverem. Não, estas pessoas vendem, trocam ou dão o que não querem. 
Acerca da roupa por exemplo, todas as estações levam o que não querem a lojas de roupa em segunda mão e trocam por "novas" peças de roupa.
Para mim seria difícil livrar-me assim dos meus bens e memórias mas, entendo o conceito de simplificar a rotina doméstica. O que acho mesmo interessante é fazer sacos de pano e levar para comprar arroz, lentilhas, grão, feijão... Nos mercados ainda há avulso, e aí está um pequeno passo para desperdiçar menos. Sacos para carne e peixe, fruta, legumes... Entre isto e a compostagem dá-se um passo grande para parar o consumo desenfreado de papel e plástico e para reduzir consideravelmente a produção de resíduos sólidos, não é? Na verdade é andar para a frente com um passinho atrás.

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